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Outras actividades

Para além da análise estatística de dados de várias áreas da medicina, a discussão do acesso ao transplante em Portugal tem sido objecto de algumas das minhas publicações.

Transplante de Órgãos

A procura de rins para transplante é uma constante, dado o sucesso deste tratamento para alguns doentes insuficientes renais. O limitado acesso a este precioso bem (rins de dadores vivos ou de dadores cadáver) exige que a sua distribuição seja feita duma forma equitativa e justa.



O transplante com dadores vivos de rim  é a melhor solução quando possível, no entanto, este tipo de dadores são apenas uma pequena proporção dos transplantes realizados em Portugal. Uma das barreiras apontadas ao transplante de rim com dadores vivos é a dificuldade e o sentimento de culpa que os doentes têm em pedir ao seu ser querido que pratique este acto de grande altruísmo. 

Utilizar antigos dadores de rim para falarem da sua experiência pode amenizar estas preocupações e contribuir para o aumento do número de transplantes com dadores vivos. Programas educacionais devem ser postos em prática de modo a aumentar e consciencializar a dádiva em vida de rim e dos seus benefícios.


​A implementação de um programa de troca de dadores vivos de rim evitará o desperdício de muitos potenciais dadores que não possam realizar o seu desejo de dádiva devido a imcompatibilidades imunológicas. A utilização de um algoritmo que maximize o número de possíveis trocas de pares dadores-receptores e consequentemente o número de transplantes é um garante de eficácia e eficiência para este tipo de programas. 



De referir o Prémio Ana Maria Correia - Patrocínio Roche atribuído em 2010, pela Sociedade Portuguesa de Transplantação ao trabalho: 



Bruno A. Lima, Leonídio Dias, António C. Henriques, Helena Alves. THE PORTUGUESE MATCH ALGORITHM IN THE KIDNEY PAIRED DONATION PROGRAM. Organs, Tissues & Cells 2010; (13): 25-32

Outros trabalhos publicados:​


​Bruno A. Lima, Miguel Mendes, Helena Alves. HYPERSENSITIZED CANDIDATES TO KIDNEY TRANSPLANTATION IN PORTUGAL. Port J Nephrol Hypert 2013; 27(2):



Bruno A. Lima, Miguel Mendes, Helena Alves. KIDNEY TRANSPLANTATION IN THE NORTH OF PORTUGAL: donor type and recipient time on dialysis. Port J Nephrol Hypert 2013; 27(1): 23-30



Bruno A. Lima, Helena Alves. A PORTUGUESE LIVING DONOR EXCHANGE PROGRAMME. Organs, Tissues & Cells 2012; (15): 123-129



Transplante de Células

Desde o primeiro transplante de medula óssea em 1968, a sobrevivência dos doentes submetidos a transplantes de células estaminais hematopoiéticas tem melhorado substancialmente. Transplantes de medula óssea, células estaminais do sangue periférico  e sangue do cordão umbilical, fontes de células estaminais hematopoiéticas, são terapias que salvam vidas de doentes diagnosticados com leucemias ou outras doenças do sangue e dos sistemas metabólicos ou imunes, que são tratadas de forma agressiva por quimioterapia ou radioterapia.



Em 1974, Shirley Nolan deu início ao que é hoje conhecido como Anthony Nolan Trust (ANT) para encontrar um dador para o seu filho com síndrome de Wiskott-Aldrich. O ANT tornou-se no primeiro registo de dadores não relacionados de medula óssea que por rotina forneciam dadores, primeiro no Reino Unido e depois um pouco por todo o mundo. Na década de 80 outros países europeus e os Estados Unidos da América seguiram este exemplo. Em 2013, são mais de 20 milhões os dadores voluntários de medula óssea registados no Bone Marrow Donors Worldwide.

O complexo de histocompatibilidade maior, antigénios leucocitários humanos (Human Leucocyte Antigens) (HLA), localizado no braço curto do cromossoma seis, tem um papel central na resposta inume e é de relevância clínica na transplantação. A compatibilidade ao nível do sistema HLA entre dador e receptor é a maior barreira na transplantação de células estaminais. 

O conhecimento e caracterização ao nível do HLA dos dadores portugueses é de vital importância para a organização do registo português de dadores voluntários de medula óssea.



A procura de dadores designados como de fenótipo único, que têm uma frequência menor a um em 20 milhões, é um desafio para todos os registos de dadores. No caso português o desafio está em encontrar e recrutar dadores de nichos populacionais que possam ser caracterizados como tendo fenótipos raros.



Bruno A. Lima. RECRUTAMENTO DE DADORES VOLUNTÁRIOS DE MEDULA ÓSSEA No Norte de Portugal. Acta Med Port 2011; 24(S2): 301-306



Bruno A. Lima, Helena Alves. HLA-A, -C, -B, AND -DRB1 ALLELIC AND HAPLOTYPIC DIVERSITY IN BONE MARROW VOLUNTEER DONORS FROM NORTHERN PORTUGAL. Organs, Tissues & Cells 2013; (16): 19-26



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